quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O Natal está a uns minutos de terminar formalmente e no meu íntimo há já projetos e desejos a fermentar, com os olhos postos no novo ano que se avizinha. Assim como se aspiram as casas e limpam as mesas, superfícies de afetos e alimento partilhado, também eu procuro ordenar e arrumar o meu peito para receber novos dias. Dedico este requiem a todos os medos e pensamentos de baixa vibração que me cinzelaram a alma até hoje. Que todos os entraves e autolimitações se convertam, perecendo pela sombra para renascerem em luz e sabedoria.
 
 

domingo, 22 de dezembro de 2013

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

onde

em saga de correções textuais... é curioso ver como se abusa do uso de "onde" para articular ideias. parece que cada aspeto em que se pensa tem um lugar geográfico na mente e que a passagem de uma ideia para outra implica uma deslocação. há incorreções com muita profundidade. digo-o sem qualquer tipo de ironia. é interessante.

fica esta de um bom concerto no sábado que não pude "ouver".
 
 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

obrigada, mandela


«Our deepest fear is not that we are inadequate. Our deepest fear is that we are powerful beyond measure. It is our light, not our darkness, that frightens us most. We ask ourselves: "who am I to be brilliant, gorgeous, talented and famous?" Actually, who are you not to be?»
                                                                   
Nelson Mandela

this dream is for you, so pay the price

 
 
 
 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

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O apego cristaliza-se de pantufas. Vem sorrateiro, começa por nos aproximar de alguém sem que isso seja uma regularidade, uma necessidade certa. Ao princípio, nem sequer é muito evidente que vamos desejar profundamente um retorno de sentimentos e gestos, longe que estamos de saber que estes nos vão habitar.Quando nos apercebemos da intensidade que se gerou, há já um diagnóstico de alarme, não há progressividade na perceção do valor que o objeto em causa tem para nós. Gradual é a sedimentação de sentimentos, não a consciência. A tomada de consciência é abrupta. Eventualmente, voltarei a este assunto. Boa noite.
 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Gosto tanto que me apetece dizer pouco. Vi há dias um vídeo acerca de um equívoco num concerto de Maria João Pires: a pianista havia preparado uma composição que não correspondia ao que a orquestra começava a tocar, logo entrou em pânico, embora apenas o maestro se tivesse apercebido da situação; encorajada pelo último a prosseguir com confiança, conseguiu um desempenho com a graça a que nos habituou, sem falhar sequer uma nota, tocando tudo de cor, ou seja, de coração. Pela admiração que nutro por ambos, compositor e pianista, fica esta, de sabor duplicado pelo sentimento de abrigo do meu quarto, fortaleza bendita contra o frio. BOA noite. Boas viagens pelo sono.